PESCAMOS NO ESTADOS DE MS, MG E SP DE CAIAQUE POR 4 DIAS.
- Pepe Cadete
- 11 de mar. de 2021
- 6 min de leitura
Queridos amigos, pescar com caiaque tem nos proporcionado conhecer cidades e rios que jamais pensamos e esse é o grande privilégio do nosso esporte, poder colocar nossos caiaques da Brudden Náutica encima do carro e planejar uma boa pescaria nesse Brasil. Dessa vez nosso planejamento foi pescar por 4 dias, seria tudo no rio Aporé ou do Peixe como conhecido, é um curso de água que banha os estados de Goiás e de Mato Grosso do Sul, mas como todo pescador, veja a aventura que aprontamos, pescamos ainda no estado de Minas no distrito Estrela da Barra e também próximo a cidade de Indiaporã já no estado de São Paulo.
Nossa pescaria começou na Ponte do Guilermão (MS), descarregamos o carro e descemos nesse local, depois de percorrer 820 KM, saindo de São Paulo. Um lugar incrível e de natureza que deixa qualquer pescador admirado e valeu todo nosso gasto.

Ao começar a pescaria, separei 2 equipamentos:
1 - Superfície com a isca Lori-x na cor branca com uma vara de 12 Lbs
2 – Superfície com Frog da Gt-JIGS com uma vara de 14 Lbs, pois ao conversar com pescadores locais, fomos informados que tinha muita traíra.
Notamos que a vegetação estava bem avançada para dentro do rio, dificultando nossa pescaria, ou seja, tinha que procurar corredores” em meio a vegetação para ter ação, ou bater a isca fora da vegetação e trabalhar rente a ela. E assim logo que insisti em um local com o Frog na cor amarelo/preto, acertei um brigador nato, jamais pensei que era ele com sua força, um lindo Apaiari para nossa primeira sessão de fotos com sorriso de oreia a oreia.

A pescaria estava bem difícil, as ações que escutávamos era sempre dentro da vegetação, não tínhamos muita opção, era continuar a descer o rio e bater isca nos pontos que conseguíamos. O Riberto também estava com a mesma dificuldade, mas nosso animo ainda existia, até que em um momento, escutamos uma explosão na superfície para fora da vegetação, só vimos os lambaris correndo, eu não pensei muito e mandei minha Lori-x encima, trabalhei muito rápido, para o peixe achar que minha isca estava fugindo também, quando menos espero a explosão veio e a tomada de linha junto, a briga foi boa na varinha 12 lbs, pois um peixe de rio de correnteza, dobra sua forca, assim também como nossa alegria e animo, e assim foi mais um tucunaré para foto, que peixe lindo e saudável.

Continuamos a pescar e o sol nosso estava acabando conosco, o lugar é quente demais, por isso paramos por várias vezes para nos refrescar e comer. O que sempre ajuda é ter a caixa térmica da Brudden Náutica conosco, pois as caixas mantem por até 3 dias tudo bem gelado e fresco, além de servir também como apoio para preparo das refeições.

Depois desse momento conversamos sobre continuar no rio. Decidimos por voltar e ir para outro local, só não sabíamos qual local. Mas até voltar na ponte, iriamos pensando no trajeto, nossa decisão foi acertada, conseguimos achar outros peixes no final da tarde, o Riberto até então acertou os tricks e eu acertei mais 2, o restante foi trick atrás de trick até chegar no carro e decidir para onde iriamos.

Depois que saímos do Rio Aporé, pegamos estrada rumo a Mira estrela, o Riberto já dormiu e eu fui dirigindo. O cansaço bateu e com isso parei o carro na cidade de Carneirinho (MG) para comer algo e descansar, fizemos amizade no lanche e o amigo era pescador e aconselhou a pescar em Estrela da Barra, terminamos de comer e já partimos para a prainha, chegamos debaixo de muita chuva, mas dormimos muito bem e acordamos com essa vista incrível e já doido para pescar com a energia recuperada.

Após desmontar a barraca e arrumar as tralhas, partimos a remar com nossos caiaques Hunter 285 e o Samurai, ambos da Brudden Náutica. Separei a varinha de 12 lbs e a isca continuei com a Lori-x na cor branca, pois nesse rio Paranaíba, sempre me dei bem com essa isca e não foi por menos, a isca tomou conta e as ações foram uma atrás da outra, fazia tempo que não pegava tanto peixe como foi nesse dia. O primeiro ataque veio de uma placa de azul que não saiu para foto como deveria, pois o danado saltou e foi embora, mas como eu estava gravando para o nosso canal no youtube, consegui pegar o momento do pulo e do adeus (rs).

O dia era totalmente diferente do anterior, as ações não paravam, era trabalhar a isca como zara ou stick e o danado não resistia e batia na isca. O Riberto usou as iscas da Luck do Nelson Nakamura, ele adora trabalhar na chamadinha e com isso as fotos só aumentaram em nossa sessão.

Até então, depois que perdi o azul, os amarelos estavam em todo lugar, a brincadeira estava divertida, nosso pensamento era somente remar e bater isca.

Sempre que pensamos em pescar, pensamos no lazer e no privilegio de estar naquele local. Espero que você que está lendo, não pesque para os outros, não pesque pensando em pegar sempre o grande, ou porque você precisa mostrar que você é um bom pescador, pesque porque você ama o esporte.
Dessa forma temos sidos presenteados com ótimos peixes, desde o pequeno para o grande. E assim foi logo depois que entrei em uma curva do rio, após zarar a Lori-x em algumas estruturas, tomei uma rebojada que não vi a cor, só senti a linha esticar e começar a brigar, ele pulou por 2 vezes na frente do caiaque, estava bravo, mas saiu para foto e para nosso sorriso.

Essa curva de rio ira ficar marcado, pois nesse local, fisgamos 12 tucunarés, o Riberto estava muito animado e eu também. Pois o local prometia e muito, cada peixe era uma conversa diferente com a sensação de querer mais e aproveitar. Qualquer estrutura poderia sair um peixe e assim o Riberto acertou o seu azul.

Tínhamos ainda o final da tarde toda para pescar e mal poderíamos imaginar que acertaríamos um casal de azul. Foi algo engraçado, porque antes de arremessar a isca, falei para o Riberto, vamos pegar um amarelo ali naquele local e assim que arremessamos tomamos uma rebojada, continuamos a trabalhar a isca e veio a pancada maior sendo outro azul, o Riberto não perdeu tempo e mandou a isca enquanto eu brigava com o danado, quando menos esperávamos o Riberto toma um baita de uma pancada e também entra na briga, mas acabou escapando e somente o meu saiu para foto.

E assim foi somente o nosso segundo dia de pescaria. Finalizamos o dia com ótimos click’s com o sol, arco-íris e sentimento de lazer concretizado.

Arrumamos nosso acampamento, fizemos uma boa janta, falamos sobre nossos dias, sobre as ações dos peixes, sobre nossa família, trabalho e projetos. Precisaria de algo a mais? Espero que você possa também dormir assim e acordar dessa maneira, não tem preço.
Após acordar, decidimos que iriamos voltar pescando e ir embora, pois já era nosso 3 dia. Confesso que o 3 dia não foi como pensávamos, pois a volta foi pescando no mesmo local do dia anterior, as ações foram menores, mesmo assim pescamos bem e nos divertimos com os amarelos de Estrela da Barra.

Nos despedimos de Estrela da Barra (MG) com dever cumprido e com o gosto de voltar, tudo que foi proporcionado são momentos únicos a bordo de nossos caiaques na região, que tudo que vimos seja PRESERVADO.

Decidimos dormir na prainha e na parte da manhã ir embora para nossos lares, pois já era o 4 dia e assim seria feito, até passar pela ponte que divide o estado de MG para SP na Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, assim que passamos olhamos um para outro e já sabíamos que iriamos pescar mais um pouquinho. Paramos ao lado da ponte e descemos somente o necessário do carro e partimos a pescar. Por isso sempre digo que o caiaque é melhor que o barco, você vai pescar aonde quiser.

Logo que entramos no rio, não tivemos muita ação, mas depois de uns 30 minutos, fizemos outra pescaria espetacular, usei a Lori-x na cor verde limão e assim já engatei o primeiro amarelo, acertei a cor da isca, pois as ações não paravam.

O Riberto não tinha isca semelhante, então emprestei a isca Alabama da Maruri na cor verde limão. A pescaria para ele mudou, começou a fisgar um peixe atrás do outro, nos divertimos e tiramos muitas fotos.

A hora estava voando e não queríamos ir embora, mas tínhamos que ir, então resolvemos voltar batendo isca e finalizar os 4 dias de pescaria, eu fisguei ainda um ótimo amarelo e meio a vegetação trabalhei a isca e a rebojada foi certeira, o danadinho deu trabalho, mas posou para foto. O Riberto acertou um bonito azul nas margens do rio, bem próximo a ponte.
E assim chegou a hora de ir embora com um ótimo banho e o último peixe na companhia de um grande parceiro de pesca, amigo e primo. Somos gratos por tudo que Deus proporciona na ida e na volta. Um forte abraço a todos leitores e estejam convidados a remar conosco.
*Agradecimentos
Pépe Cadete
Riberto Garcia
*Midias Sociais





































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