DIA DE PESCARIA EM TRÊS MARIAS

Pepe Cadete
9 de ago. de 2019
6 min de leitura

Quanta saudade eu estava de mais um DIA DE PESCARIA, pescar e escrever é algo que está em nós e faz muita falta, agradecemos a Deus pela oportunidade. Planejamos muito o lugar, pois antes de tudo queríamos nos divertir e fazer o que mais gostamos. Nosso destino foi na cidade Morada Nova de Minas - MG, desde o princípio pensamos em fazer uma viagem barata, pois andar 900 km até o destino, já era algo puxado. Compramos somente o essencial para nossa comida, gastamos R$ 90,00 reais e acampamos na Pousada de Pesca PATERNON, pois a área de Camping é completa, desde cobertura, cozinha, banheiros. Gastamos R$ 30,00 reais dia/pessoa, cada um gastou R$ 500,00 reais desde gasolina, pedágio, comida e pousada.

Chegamos na pousada na quinta-feira a tarde, chegando no local, ficamos doidos para ir para água, pois a pousada é cercada pelo reservatório de Três Marias, porém chegamos um pouco tarde e logo começou a chover, nossa remada foi rápida, mas tínhamos em mente a nossa programação para os demais dias. Na sexta-feira acordamos as 5 horas e logo arrumamos nossos caiaques da BRUDDEN NÁUTICA e fomos direto ao ponto que tínhamos planejado. Nossa escolha foi mais do que acertada, ao chegar no local e descendo os caiaques, já percebemos ações de peixe explodindo na superfície, o Mario Matos já pegou seu equipamento no próprio barranco e deu algumas zaradas com isca de superfície, e logo já tínhamos a primeira explosão do dia e peixe fisgado.

Ao colocar meu caiaque HUNTER 285 na água enviado pela BRUDDEN NÁUTICA, parti para o outro lado da represa, já com o pensamento no equipamento e iscas que usaria. Separei as iscas da CAMALESMA, do nosso grande amigo Anderson, minha escolha foi o FREE SHAD na cor osso, no outro conjunto coloquei as iscas do STREY. Optei por colocar o Free Shad no anzol Offset sem qualquer peso, pois o próprio peso da isca e do anzol faz com que o Free Shad desça lentamente. O trabalhado é quase igual de uma isca de meia-água, 2 toques, recolhe e espera, o segredo está nessa paradinha, pois é nesse momento que o peixe ataca, e foi o que aconteceu, um lindo amarelo não resistiu e saiu para foto, me deixando totalmente alegre e apaixonado por esse peixe, por sua coloração e força.

Depois de soltar o lindo tucunaré, continuei no mesmo local e com a mesma isca, pois a estrutura estava repleta de raízes e vegetações, bem apropriado aos peixes predadores. Já no 2 arremesso, trabalhando o Free Shad da mesma forma, obtive outro ataque de um casal de azul, o danado não resistiu e brigou forte comigo, o maior ficou por baixo do caiaque, mas não tinha como eu arremessar outra isca, pois em minha volta estava cheio de galhos, e com o azul já fisgado eu não tinha espaço para arremessar, então decidi embarcar o peixe e fui para a margem do rio tirar aquela foto.

O dia só estava começando e já tínhamos embarcado esses lindos tucunas nos primeiros arremessos, nosso pensamento era muito positivo, eu e o Mario conversávamos de como é bom estar ali e se divertir, eu continuei em uma margem do rio e o Mario em outra, e assim fomos batendo isca, as explosões não paravam e os peixes fisgados também não. O Mario acertou um lindo tucuna, com uma coloração bem amarela, alias todos os peixes que fisgamos estavam saudáveis.

Paramos para tomar um café, pois precisávamos nos hidratar para continuar a remar nossos caiaques, alias o caiaque enviado pela BRUDDEN NÁUTICA ao Mario Matos foi um SAMURAI, excelente caiaque, desde sua capacidade de carga, estabilidade e segurança, itens que são essenciais para qualquer caiaque e pescador. Nessa parada, o Mario não resistiu bater uma isca do barranco e quando menos esperávamos pensa na batida e arrancada de linha, o danado atacou a isca quase no dedão do pé do Mario e partiu para a briga, mas logo já cansou e deixou tirar aquela foto de barranco.

O dia estava lindo e ótimo para fisgar os peixes, pois com a temperatura da água e do ambiente, o peixe estava muito ativo. Aproveitamos todas essas características e continuamos a usar a Isca do nosso amigo STREY, arremessei a minha isca TOXXA muito próximo ao barranco, consegui trabalhar a isca por algumas zaradas, pois o danado estava com boca aberta praticamente não resistindo e logo atacou para nossa foto.

Logo após soltar o tucunaré, não remei por muito tempo e acertei um outro na mesma isca, mas essa briga foi diferente, pois o danado correu direto para estrutura, mas o pescador estava preparado, com equipamento bem equilibrado, ganhei mais uma batalha. Mas sempre respeitando o peixe que proporcionou o duelo, o devolvemos ao mesmo local que o encontramos.

Paramos para fazer nosso almoço, e nesse momento você entenderá por que nossas despesas ficaram baixas, pois optamos por um bom e velho ovo frito com pão e suco. Um ótimo almoço sentado a beira do rio, com um bom amigo e uma ótima prosa. Nós sempre aproveitamos esses momentos, pois são simples, mas que ira ficarão guardados para o resto da vida.

Após nosso almoço, continuamos a bater isca, tomamos ótimas pancadas de todos os lados, perdemos ótimas batalhas e ganhamos também. O tempo começou a mudar muito rápido, tomamos uma boa chuva, mas não desistimos de ficar no rio e remar. Finalizamos o dia com mais alguns peixes e fomos descansar, pois teríamos mais um dia de pesca.

Dormimos debaixo de chuva e não foi pouca, nosso pensamento era de não desistir, por isso dormimos tranquilos. Acordamos novamente as 5 horas e partimos para água, indo para outro ponto da represa, nossa escolha foi certa até as 9 horas, depois disso o vento tomou conta da represa, nos cansando muito para remar e posicionar o caiaque, mas mesmo assim, consegui fisgar 3 tucunarés e o Mario também, tiramos foto rapidamente, pois o vento e a chuva estavam cada vez mais fortes.

Depois dessa foto, decidimos voltar a pescar em um braço para nos proteger do vento, recolhemos nossos caiaques e já pegamos o carro e fomos direto ao outro ponto. Começamos a pescar novamente e as ações sumiram até decidirmos ir para outro lado da represa. O Mario trocou a isca de superfície por outra, uma mais barulhenta, e sua escolha foi correta, logo depois de alguns arremessos, ouvimos uma baita explosão na água, uma tomada de linha bem diferente, o peixe estava fisgado e a briga estava só no início, eu já pensei que poderia ser casal, então logo arremessei minha isca e depois de 3 zaradas, o bicho explodiu na minha isca também, nossa emoção estava a flor da pele, mas o peixe do Mario escapou, o meu continuava fisgado e brigando, a briga foi diferente, uma briga de valente que não quer ceder, puxou meu caiaque até cansar e se render, nossa alegria estava estampada até o momento de embarcar o danado, o Mario me ajudou e logo tiramos a foto que tanto queríamos.

Fiquei triste pelo Mario, pois teríamos um belo dublê. Mas ele estava bem tranquilo e feliz pelo peixe que fisgamos. Tiramos algumas fotos e soltamos esse lindo tucunaré azul.Mas algo muito bom ainda estaria por vir, não poderíamos imaginar o lindo troféu de amarelo que o Mario fisgaria. O Mario continuou a bater sua isca barulhenta, e logo depois ele tomou uma outra pancada, uma pancada que ficará em nossa memória, pois o bichão saiu da água para atacar, a briga foi intensa, o peixe tomou linha e queria muito ir para a estrutura, mas o Mario dessa vez embarcou um lindo amarelo de respeito. Ficamos felizes demais por saber que temos espécies ainda preservadas desse porte. Sorriso no rosto, agradecimentos por todas as partes e claro nosso famoso click.

Nosso dia estava assim, debaixo de chuva e vento, mas mesmo com tudo isso, queríamos mais, queríamos fisgar outros exemplares. Então continuamos na chuva e no vento. O Mario com sua isca tomou conta da represa, levantando ótimos exemplares e muita briga.

Eu continuei com as iscas da Camalesma, o Free Shad foi a isca Coringa junto com a Strey, quando o peixe não atacava em uma, atacava na outra.

Em conversa com o Mario, nosso sentimento era de dever cumprido, que nosso lazer estava completo, que nossa viagem foi positiva, desde o lugar quanto a companhia. Decidimos voltar remando e batendo isca e esse lindo Azul não resistiu, encharutando o Free Shad.

Acertamos outros peixes que nos proporcionaram grandes alegrias, ótimas brigas, com os grandes azuis dando o ar da graça e assim o nosso dia estava quase finalizado. Imagine cada briga que os peixes proporcionaram, a força desses peixes é incrível, o clima da região e da represa, faz com que cada peixe tenha sua força duplicada. O tucunaré consegue se reproduzir 4 vezes no ano, isso é muito bom para todos, porém precisa ser PRESERVADO, desde o peixe e o meio ambiente.

Para finalizar nossa viagem fomos presenteados com um dublê, e realmente foram os últimos peixes, pois já estávamos quase chegando no carro e esses 2 tucunarés resolveram aparecer para selar nossa pescaria e amizade. Sempre pensamos que uma pescaria está na simplicidade de pescar, e ter um ótimo amigo para dividir essa aventura e assim nos despedimos com um grande abraço e já com o gosto de quero mais.

SALVE TRÊS MARIAS.