EXPEDIÇÃO COCALOUCOS EM COCALINHO
- Pepe Cadete
- 7 de out. de 2019
- 5 min de leitura
Atualizado: 31 de jan. de 2022
Mais uma boa prosa a bordo de nossos Caiaques, que pescaria fantástica, prometo que vou tentar escrever e passar tudo o que sentimos de estar nesse local. Eu e o Mário Matos programamos muito para acontecer e chegar a esse dia, nossa primeira prosa sobre o destino foi em Julho de 2018 e marcamos a data para Agosto de 2019, pois não seria uma pescaria rápida e simples como de nosso costume, por isso exigia de nós uma boa programação, tanto para aproveitar os dias de pesca, mas também para deixar nossa família e trabalho sem ser prejudicados.
O Mário é o dono da prosa, ele programou tudo e quando digo tudo, foi tudo. Ele programou todos os dias por detalhe, desde a estrada para chegada na cidade e Fazenda, nossa remada dia a dia, ele sabia exatamente cada curva do rio, cada praia, aonde iríamos almoçar, jantar e acampar. Tudo calculado por GPS e Google Maps, mas claro esteja sempre preparado para imprevistos e isso ele também ele se programou.

Fomos em 4 pessoas para esta expedição, Eu, Mário, Riberto e Cassim. Para quem saiu de São Paulo, o percurso foi o maior, cerca de 1.700 km ida e assim também a volta, os demais ficaram na Média de 900 a 1.200 km, nosso custo total desde km, pedágio, gasolina, comida foi de R$ 700,00 a R$ 1.000,00 reais, mas valeu cada realzinho.
Chegamos na cidade de Cocalinho em um domingo a tarde por volta das 16 horas, e assim que chegamos, já partimos para o ponto de descarregar os carros na fazenda, mas não se engane, da cidade para a fazenda tinha ainda um percurso de 100 km de estrada de terra, depois de alguns imprevistos, conseguimos entrar na mata para descarregar e arrumar acampamento, com ajuda de 2 famílias locais para entrar aonde queríamos. A essa altura já estávamos cansados, mas, ao mesmo tempo animado para clarear o dia e conhecer o tão sonhado Cristalino.

Ao amanhecer, já arrumamos acampamento e toda a tralha nos caiaques. Os caiaques que usamos foi mais que acertado, a Brudden Náutica nos enviou 2 Caiaques Manta, um para o Mário e outro para mim, o Caiaque Manta, além de ser muito estável e com capacidade de carga excelente, nos proporcionou entrar em lugares rasos, mesmo com toda a tralha no bagageiro.
Enquanto arrumávamos nossas tralhas e câmeras, nosso amigo e apresentador Cassim, foi bater isca junto com o Riberto e claro os meninos já estavam com o sorriso na orelha, eu e o Mário, somente assistia enquanto terminava de arrumar tudo.

Depois de tudo arrumado Eu e o Mário, partimos para água e assim começou de fato nossa expedição. E aconteceu algo que jamais poderia esperar, pois, ao remar talvez uns 100 metros, acertei o primeiro peixe e de cara, já era um lindo azul, a briga na isca freeshad na cor (branca), foi espetacular, o peixe é muito valente. O melhor de tudo foi ver o peixe atacar a isca e a varinha beber água no rio cristalino.

Ao embarcar essa placa de azul e soltar, o Mario acertou o seu primeiro peixe a 20 metros de onde eu estava, naquele momento tivemos a mesma sensação que cada km e espera por essa expedição valeu a pena. O sorriso estava estampado e era somente o início de 5 dias nesse rio.

Nosso parceiro, cozinheiro e pescador Riberto, estava com a mão calibrada e queria também acertar o seu, a quantidade de peixe nesse rio é demais, e em qualquer ponto de pesca, você poderia ver os peixes atacando sua isca, se um errava o outro já estava pronto para atacar e assim foi em quase todo o percurso do rio. Falei para ele que o dele ainda viria e seria bom.

Estar em lugar que é pouco tocado pelo Homem, exemplifica mais a criação de Deus e mostra como Ele é perfeito. A Natureza é linda, descer o rio e conhecer as lagoas, foi algo que jamais será esquecido. Em todo momento, os peixes passavam por debaixo de nossos caiaques, os cardumes de matrinxã, piau, tucunaré, bicudinha, raia e cachara era de deixar qualquer pescador admirado.
Nessa região e nas lagoas, tem muito jacaré e quando você menos espera, ele sai debaixo das árvores, vegetações e ataca a isca, e assim aconteceu comigo, fisguei um de porte pequeno, mas bem brigador.

Continuamos a remar e se divertir, cada lagoa que nós entravamos era peixe fisgado, o Mário, Riberto e Cassim, acertou ótimos exemplares tudo com isca de superfície, o Riberto teve muita ação trabalhando na chamadinha e com o trabalho de stick e com isso logo acertou um lindo azul, arrastou o caiaque e fez a varinha de 12 libras beber água, logo cheguei perto para ajudar embarcar e tirar aquela foto.

Depois de um ótimo início, paramos para almoçar, fazer nossa primeira comida de barranco e descansar bem rapidamente, pois, a ansiedade estava a todo vapor e todos queriam remar.

Assim que almoçamos e descansamos, aconteceu algo que não poderíamos esperar, pois algumas espécies que gostaríamos de fisgar, aconteceu, quer dizer, quase todos, menos eu. Nosso amigo Cassim apresentador da TV Paranaíba, acertou uma linda Aruanã em um raseiro, bem na entrada de praia. E logo mais no final do dia o Riberto e o Mário também acertaram, somente eu que fiquei sem sentir o gostinho de fisgar esse belo exemplar.

Um detalhe a parte, o Riberto acertou este exemplar em um frog da GT- JIGS que o emprestei, na cor branca com cabeça vermelha, pois, o mesmo estava pescando trairá. Já o Mario estava pescando com um Jig e eu só assisti e tirei foto para alegria de todos.

A noite chegou e arrumamos nosso acampamento, levamos tudo que precisávamos, gerador, bateria e gasolina. Pois precisávamos para carregar nossos equipamentos e iluminação. O acampamento estava completo, após jantar era só dormir com o silêncio da natureza e se preparar para o dia seguinte.

Acordávamos por volta das 5 horas, para arrumar acampamento e estar cedo no rio, pois queríamos ainda fisgar alguns exemplares, e como eu não fisguei a Aruanã, fui contemplado com outros tucunarés. Entrei em uma lagoa e logo atrás vinha o Riberto, depois de algumas zaradas na isca T10 na cor (osso), tomei uma linda pancada, briga daqui, briga dali, e ali estava mais um lindo azul embarcado.

O Mario não ficou para trás e junto com o Cassim acertaram lindos peixes, os meninos (tucunarés) estavam famintos e quando a isca zarava o ataque era inevitável. Porém em muitos momentos o peixe estava comendo dentro da estrutura, ou seja, tinha que acertar a isca lá debaixo da árvore para garantir a fisgada.

Assim foi dia após dia, remada após remada. A quantidade de peixe é enorme, você fisga mais de 40 tucunarés por dia, claro de portes menores. A isca que mais apresentou resultado foi a T10 na cor (osso), não tirei ela por nada.
A pescaria estava no final e conseguimos acertar outros exemplares, o Mário acertou uma linda cachorra de barranco, pois, ao parar para arrumar os caiaques, escutamos ações no meio do lago, o Mário não resistiu e foi bater isca e claro mais uma foto para coleção.

Tudo que foi planejado foi cumprido, com um bom planejamento chegamos ao nosso destino e conseguimos concretizar a expedição no Rio Cristalino, com amizade e agradecimentos a todos os parceiros. O gosto de voltar já esta grande, mas assim nos despedimos de Cocalinho eu Pépe Cadete e Mário Matos para mais uma aventura em nosso Dia De Pescaria. Obs: Não resisti andar 1.700 km e não tirar uma foto com este peixe.

Agradecimentos - Brudden Nautica - Brk Fishing - Apresentador Cassim TV Paranaiba - Cozinheiro e Fotografo Riberto Garcia - Instagram : @didepescaria - Youtube - https://www.youtube.com/diadepescaria































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