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AMAZÔNIA DE CAIAQUE NO LAGO DE BALBINA

  • Foto do escritor: Pepe Cadete
    Pepe Cadete
  • 31 de jan. de 2022
  • 8 min de leitura

Queridos amigos, escrever essa matéria vai ser algo bem fácil, pois ela esta preparada a alguns anos e você esta se perguntado como assim ? Vou explicar tudo. Tenho esse sonho de pescar na Amazônia desde que comecei a praticar a pesca esportiva e cada ano que pensava em ir, não tinha condições financeiras, pelo custo de passagem aérea e hospedagem. Deus em sua infinita bondade, preparou tudo para nós e depois de 10/15 anos, conseguimos realizar essa pescaria através do nosso amigo André Martins, pescador e apresentador do Programa Pesca na Veia e Liga da Pesca.

Consegui passagens aéreas pelo valor de R$ 480,00 reais sendo ida/volta pelo site 123milhas, nosso gasto total da pescaria foi de R$ 1.000,00 reais, tanto para mim e para o Mário. Nosso amigo André preparou tudo para nossa pescaria em Balbina, ou seja, chegamos em Manaus com carro, caiaques, mantimentos e tralha tudo pronto, só precisando de ajuste final. Partimos para Balbina logo pela madrugada com ansiedade a todo vapor, paramos para nosso café da manhã é já conhecemos alguns pratos típicos.


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Tapioca vai, tapioca vem, partimos para o Lago. A estrada é bem difícil e digo que somente com caminhonete para chegar no local, pois tem lugares que você pensa que não irá passar. Após chegar no local, arrumamos as tralhas nos caiaques da Brudden Náutica e para esta pescaria usamos os Safari, Samurai e Combat.


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Pegamos uma boa chuva, achei que a pescaria iria ficar difícil e confesso que de primeiro momento fiquei um pouco preocupado com o decorrer. Pedimos algumas explicações para o André e começamos a bater isca. Tive algumas ações em volta de uma ilha, de brigar com o peixe e não tirar, nada grande. O André estava com uma isca Popper da Marine Sports chamada Ram de apenas 6 cm, isso mesmo, que isca sensacional, em seu trabalho de popper, criando aquele volume na água, o André tomou um rebojo de um lindo tucuna, continuou o trabalho e não deu outra, o peixe explodiu e começou a briga, logo corremos para ajudar e tirar o peixe da vegetação e do pau, que peixe lindo. Nosso sorriso estava de oreia a oreia.


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Após tirar nossas fotos e fazer a soltura, achei que não iriamos mais ter ações desse porte de peixe, Balbina está muito próximo de Manaus, e com isso teve uma pressão de pesca grande por alguns anos, os grandes peixes acabaram sendo abatidos por pescadores da região e ribeirinhos. Balbina está viva e com muita vida em todos sentidos e espero que realmente isso seja preservado, Balbina é lindo demais e ainda respira.

Nosso pensamento era continuar a bater isca, eu estava usando a Magic Stick de 7 cm, e até então, estava com poucas ações na pescaria. O Mário estava arrebentando de pegar peixe, ação atras de ação com lindos peixes.


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Eu e o Mário estávamos pescando mais próximo um do outro, resolvemos bater isca em volta de uma ilha, cada um por um lado, chegamos em um ponto juntos, e mal poderíamos esperar o que estava por vir. O Mário ao trabalhar sua isca de superfície, tomou a primeira rebojada, recolheu e lançou novamente e foi tomando pancada atrás de pancada, eu logo lancei minha isca também, e começamos ter muita ação bem próximo da margem, resolvi então lançar a isca para fora da margem, mais para o meio com uma vegetação próxima, quando eu menos espero, vimos um lindo tucunaré saindo da agua e atacando com todas as forças minha isca, o danado saiu arrancando linha, minha reação e do Mário foi de loucura, pois ver aquele peixe sair da agua, foi incrível, a briga foi de gigante, tomou linha e linha, mas conseguimos embarcar e tirar aquela foto que a gente tanto esperou.


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Eu já estava realizado com a captura do peixe, estava na torcida do Mário acertar o dele, e olha que nessa briga acima, ele acertou um do lado, brigou, mas escapou. O dia estava bem produtivo, todos estavam pegando peixe. O André pegou mais um lindo exemplar na isca de superfície Slider da Marina Sports, detalhe a parte nessa isca, o anzol ele colocou inline de vez de garateia, esse tipo de anzol, ajuda a jogar na vegetação e não enroscar.


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Eu ainda continuei com minha isca Magic Stick, não tirei por nada, pois ela estava levantando muito peixe. Sempre digo que pescar é um lazer e se você tem este pensamento está no caminho certo, não temos preocupação de medir peixe ou peso, nossa preocupação é se divertir, mostrar o que a pescaria proporciona, claro que queremos fisgar o grande peixe, mas a pescaria seria divertida com peixe grande ou não.


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Fizemos Aquela parada para almoço rápido, pois nossos dias seriam poucos, e a fome de pegar peixe é muito maior que da barriga. No Barranco paramos para fazer algo rápido e simples, para que pudéssemos enganar o estômago e realmente fazer aquela comida a noite. Um simples arroz, com uma calabresa fritinha e partimos a pescar.


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Ainda na parte da tarde, pedi emprestado para o André uma isca popper, pois o trabalho dela como mencionei, irrita muito o peixe. A isca é muito leve pra trabalhar e arremessar, não “capota”, pode puxar firme, que ela faz o arrasto e espirra bastante água. Comecei então a usar, e o com esse trabalho foi inevitável não irritar o peixe e fisgar.


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Chegando quase em nosso final do dia, ainda em uma outra ilha, estávamos o 3 juntos, batendo isca bem próximos, o Mário começou ter ação na margem, o André mais para o meio, fiquei junto com o André, e logo após alguns arremessos, tomei uma pancada muito grande do lado do caiaque, um pancada que consegui registrar também em vídeo que esta lá em nosso canal no youtube, que coisa linda, foi algo de só tomar linha e firmar bem a vara, o André que estava ao meu lado, só falava, show Pépe, show Pépe e o Mário liga a câmera, e eu tremendo. Enfim, André me ajudou a embarcar o tucuna e tirar uma boa foto. Agradeci muito a Deus por estar ali, minha esposa Dani, filhos e o próprio André.


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Logo após, já partimos para o barranco, pois iriamos preparar nosso acampamento e seria algo muito diferente, pois acampar na Amazônia exige muito cuidado, e claro o André estava bem preparado e seguro para isso. Armamos a rede, arrumamos a coisas e partimos a fazer uma jantinha, o Mário fez o fogo e assou algo para nós, enquanto eu ficava no arroz e André nos ajudava com a janta e detalhes do acampamento. Que Privilegio agente teve, uma noite de agradável papo e só esperando o sono vir deitado em nossas redes a beira do lago, só escutando o som da natureza.


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A noite passou voando, estávamos muito cansados, mas acordamos recuperados e pronto para mais um dia a bordo dos Caiaques. Comemos algumas coisas e partimos para pescar, pois as primeiras horas do dia geralmente é de muita ação e assim foi. O Mário acordou já fisgando algumas Aruanã, ele pescava bem rente a margem, em lugares rasos, lugares que este peixe gosta muito de estar. Ele tomou uma rebojada diferente, a briga estava diferente, quando vimos era ela. Que peixe Lindo, com certeza esse peixe foi atacado por algum outro peixe quando menor.


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O André realmente estava preparado para nos receber e porque digo isso ? Chegando em um local, tomei uma rebojada, linha esticou e começou a brigar, como estava longe e a região é de muita pauleira, o peixe correu para o pau sem dar tempo, o André de prontidão já pegou seu óculos de mergulho e falou que iria buscar o peixe, e assim o fez, logo pela manha o sol nem tinha saído ainda, mergulhou e pegou o peixe lá no fundo. Esse peixe realmente é dele, que amigo, fez de tudo em nossa pescaria para nos agradar.


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Com isso já paramos no barranco e aproveitamos para realmente fazer um café, um café bem diferente, pois seria um café reforçado para poder pescar durante o dia e ir beliscando até fazer uma janta. Fiz um cachorro-quente, não é porque eu fiz não, mas ficou bão demais. Nesse momento só pensava no privilegio de estar com 2 amigos na Amazônia, pescando de caiaque, tomando um café e batendo um papo, como Deus é bom.


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Voltamos a pescar e o dia estava muito bom para o Mário, ele persistia na margem do rio e estava dando ótimos resultados, ele fisgou um lindo tucunaré na superfície, aquele que ele tanto esperava, já corremos para ajudar e embarcar o danado, que alegria poder ver nosso parceiro também fisgando um lindo exemplar.


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O André persistia pescando mais para o meio e eu ficava alternando. O André então achou um cardume e logo fisgou na superfície, porem como ele estava com 2 varas, ele já arremessou com a outra e acertou um lindo peixe, cada peixe nesse lugar tem uma particularidade de força e cor.



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Quando vou pescar em algum lugar que nunca pesquei, fico prestando atenção na pessoa que pesca na região, tentando pegar informação, ver aonde ele arremessa, que tipo de isca usa, o trabalho e a cor. Enfim em Balbina não foi diferente, prestei muita atenção e acompanhei de lado o André, então no mesmo lugar, arremessei minha isca e fisguei mais um para nossa coleção de fotos.


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O dia estava a todo vapor, muitos peixes em vários locais, todos pegando peixe e se divertindo. Conversando com o André, o mesmo dizia que fazia tempo que não frequentava o lago de Balbina e que estava surpreso com a pescaria, com a quantidade de peixe que estávamos fisgando do porte menor ao maior. Vimos cenas lindas, por mais que o Boto só afasta o peixe, para nós é algo incrível, pois pude ver de perto um deles. Então em alguns momentos precisamos sair de perto deles, pois o Boto costuma cercar o peixe e atacar, com isso os peixes que estão próximos só pensam em se defender. Não desistimos e continuamos a pescar até ir para um ponto que saiu muito peixe, e para nossa diversão, conseguimos fisgar os 3 juntos e tirar uma boa foto.


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Nesse mesmo ponto fiquei batendo isca para levantar mais algum peixe, como percebi que era um ponto não tão fundo e não tão raso, percebi que o peixe estava realmente ali, que era só questão de provocar, então persisti um pouco e levantei alguns peixes, que lugar.



Para finalizar eu ainda fisgaria mais um lindo exemplar junto com o Mário, vi uma arvore caída no lago, e meu primeiro pensamento foi, essa arvore vai ter peixe, não posso me aproximar muito, então arremessei de longe minha isca, assim que a isca terminou de passar por cima dessa arvore na agua, tomei uma explosão muito linda, não fisguei, ele errou o bote, consegui ver para onde o peixe foi e joguei muito próximo mais uma vez e não deu outra, o danado estava com fome ou com raiva e não deu chance para isca, briga daqui e dali e saiu para uma boa foto.


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O que posso dizer de Balbina, muitos não teriam a coragem de sair de São Paulo, gastar com passagens, hospedagem, hotel entre outras coisas para pescar nesse lago. Quando o André me disse que seria lá, jamais desdenhamos do lugar. Muitos gostariam de pescar em outros lugares, como Mutuca, Juma entre outros rios, mas posso afirmar que nosso pensamento era conhecer a Amazônia, não importava o lugar, não importava a região, nosso pensamento era se DIVERTIR e com certeza a Amazônia proporcionou isso para nós com a ajuda do nosso Amigo. Tudo foi perfeito, conhecer costumes, ribeirinhos, natureza, acampar, dormir na rede, fazer café da manhã, jantar, bater papo, ver peixes, jacaré, ataque de boto, foi incrível.

Meus Agradecimentos ao André, que se preparou em tudo para nos receber, que fez de tudo para apresentar o lugar, que nos recebeu na sua casa, que deixou sua esposa em casa para estar lá conosco, sou Grato a sua esposa Kessia, Muito obrigado, que Deus abençoe vocês em tudo.


Nos despedimos com esse Banho de Igarapé e com a vontade de voltar. Viva Balbina !



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Grande Abraço

Pépe Cadete

Mário Matos

André Martins.





 
 
 

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